18.12.09

Nova espécie descrita recentemente

Polygala altomontana Lüdtke, Boldrini & Miotto

Em 2008 foi descrita uma nova espécie de Polygalaceae, ocorrente no estado de Santa Catarina, na Serra Quiriri, em Garuva, e na subida ao Campo dos padres em Urubici, bem como no estado do Paraná, no morro Camacuã em Campina Grande do Sul e no município de Jaguariaíva.

Seu habitat são os campos de Altitude, entre 900m e 1700m snm (sobre o nível do mar), e, na serra Quiriri, sua ocorrência foi registrada junto ao rio do Alemães .

Fonte: Raquel LüdtkeContact Information, Ilsi Iob Boldrini & Silvia Teresinha Sfoggia Miotto. Polygala altomontana (Polygalaceae), a new species from southern Brazil, Kew Bulletin, Volume 63, Number 4 / December, 2008

2.6.09

Projeto "duvidoso" sobre matas ciliares















Na esquerda do rio, o presente.....

Na direita ....

É como será, se o catastrófico projeto for aprovado

Para saber mais leia o artigo de RICARDO HENRIQUE CARDIM, que tem experiência em reflorestamento com espécies nativas e em matas ciliares.

http://matasciliares.wordpress.com/2009/06/01/projeto-criminoso-apresentado-pelo-deputado-valdir-colatto-pmdb-sc/#comment-30

20.5.09

Campos de Altitude Ameaçados!

Classificados como: refúgios vegetacionais ou comunidades relíquias, por Veloso e colaboradores (1992), e denominados de Campos de Altitude, ou High Altitude Fields, ou ainda, Campos Altomontanos, formam uma comunidade vegetal, muito distinta da vegetação que os circunda, aliado ao fato de ocorrerem de forma descontínua, estes ambientes tem espécies endêmicas de plantas, já descritas pela ciência, e grande diversidade de anuros e insetos. No mesmo trabalho de Veloso e col. (1992) denominado "Classificação da vegetação Brasileira", descreve-se que as comunidades relíquias são comuns acima de altitudes de 1800m. Com base nestas informações, algumas pessoas deduzem que apenas acima destas cotas altimétricas, estariam ocorrendo os Campos de Altitude, resultado da falta de conhecimento técnico sobre a vegetação catarinense. O melhor exemplo na região Nordeste do estado de Santa Catarina, é o Monte Crista, localizado a Leste da Serra Quiriri, nas encostas Sul desta montanha, os Campos de Altitude ocorrem próximo da cota 900m anm, e, além disso, no estado de São Paulo, existe o caso, de ocorrência a 300m anm. Diante destas constatações, seria muito prudente, que as pessoas que regem as leis, e todos nós que as devemos cumprir, discutam a criação das novas leis ambientais no estado de Santa Catarina, pois ao que tudo indica, além de todos os incovenientes que já tem demonstrado, a proposta de alteração das leis ambientais catarinenses, acabaria por extinguir os Campos de Altitude entre 900 e 1538m anm, ocorrentes na serra Quiriri, juntamente com sua biodiversidade, em grande parte desconhecida, e seus recursos hídricos.

Deixe sua opinião no Blog

Para acessar o Manual Técnico da Vegetação Brasileira

http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/monografias/GEBIS%20-%20RJ/ManuaisdeGeociencias/Manual%20Tecnico%20da%20Vegetacao%20Brasileira%20n.1.pdf

19.4.09

19 de Abril, dia do índio

Outrora chamada serra Iquererim (Reitz 1965), a serra Quiriri, tem na origem de seu nome, o conhecimento, e uma descrição dos indígenas que aqui habitavam, em especial povos de origem tupi-guarani, denominados Carijós, aqueles que viviam na faixa litorânea do sul de São Paulo, até a Lagoa dos Patos, ou ainda guarani mbya, que para muitos autores, fazem parte, da mesma descendência genética. Temos ainda como herança dos indígenas locais, o conhecimento sobre a denominação de diversos topônimos, bem como de plantas e animais.
Quiriri, significa silêncio, sossego, ou ainda "lugar silencioso". Quando acrescentado de um "i" no início da palavra, pode ser interpretado como "rio do lugar silencioso".

Para saber mais sobre vocábulos guaranis:
Pequeno dicionário Tupi-Guarani de um Manezinho - http://www.ufsc.br/~esilva/Dcindio.html

17.4.09

17 de abril - Dia Nacional da Botânica

Durante cerca de três anos, von Martius percorreu, ao lado do zoólogo alemão Johann Baptiste von Spix (1781-1826), aproximadamente dez mil quilômetros pelo interior do Brasil, recolhendo informações sobre a flora e a sociedade brasileira. Em 1820, voltaram à Alemanha, onde começaram um esforço de catalogação e publicação do material aqui recolhido.
O dia é dedicado ao botânico alemão Carl Friedrich Phillipp von Martius, consagrado o "Pai das Palmeiras" no Brasil. Um dos naturalistas mais famosos do século XIX, von Martius nasceu no dia 17 de abril de 1794 e chegou ao Brasil no dia 15 de julho de 1817, como parte de uma comitiva de intelectuais que acompanhava dona Leopoldina, esposa de dom Pedro I. Em três anos de estudos, ele explorou 12 mil espécies da flora brasileira. Até a data de sua morte, foram catalogadas 300 mil espécies do mundo inteiro, sendo a metade existente na bacia Amazônica. Phillipp von Martius morreu em 1868. O decreto que instituiu uma homenagem a ele também declarou a carnaúba, considerada a palmeira brasileira, como planta-símbolo do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro.

Fontes:

8.4.09

Erradicação de Pinus elliottii

Introduzida para fins comerciais, o Pinus elliottii, é uma espécie exótica no Brasil, e tem produzido alguns problemas ambientais. Nos Campos de Altitude da Serra do Mar, a espécie tem literalmente infectado o ambiente, dispersando-se através do vento e colonizando os Campos, consequentemente, causando sombreamento, em um ambiente totalmente campestre e natural (foto abaixo, Morro Bradador).

Desta maneira, tem impedido o desenvolvimento de espécies nativas e endêmicas, como a insetívora "Drosera montana", a arbórea "Tabebuia catarinensis", e ameaçado, outras espécies, como Alstroemeria amabilis, descrita recentemente, e conhecida apenas na Serra Quiriri, e na Serra do Mar do Paraná, sempre associada aos campos de Altitude. Além de todas estas considerações negativas, existe o fato de que as árvores de Pinus podem afetar profundamente o regime hídrico do ambiente. institutohorus.org.br/download/fichas/Pinus_elliottii.htm
Distribuição natural do Pinus elliottii (SE dos EUA).
A espécie é um mal necessário, para a construção civil, e produção de celulose, porém em locais adequados, de preferencia florestas devastadas, nunca em um ambiente frágil como os Campos de Altitude, e, utilizando-se técnicas para produção de mudas que não produzam sementes, como acontece em outras culturas, evitando assim sua dispersão.

O lucro de alguns, não pode ficar acima do bem estar da nação!

Erradicar o Pinus elliottii dos Campos de Altitude é uma necessidade urgente!

30.3.09

Pegadas........

Caminhantes e observadores da natureza, se deparam com vestígios, que muitas vezes são imcompreensíveis para as pessoas comuns, no entanto, com um olhar mais atento, pode-se identificá-los, como essa pegada de felino de porte médio, provavelmente uma Jaguatirica ou Gato-maracajá.
Próximo ao rio dos Alemães, entre os fragmentos de Florestas ali existentes, ao longo da Estrada de Três Barras, não é raro encontrar pegadas de Paca Agouti paca, que lembram um pouco as de Capivara, mas são bem menores, como pode ser observado nas escalas das fotografias. A Paca, é um animal muito procurado pelos caçadores, daí, pode-se concluir, que onde tem paca, existe uma rica fauna associada.

Segundo relato de pessoas que conhecem o Alto Quiriri há cinco décadas, a Capivara Hidrocaeris hidrocaeris, é um animal que tem aparecido recentemente na Serra Quiriri, sendo provável, que tenha encontrado um ambiente favorável, nas últimas décadas, pois foi construída uma pequena represa ao longo do rio Quiriri, entre cotas altimétricas aproximadas de 1250-1300m anm, favorecendo a ploriferação desta espécie.

Colaboração e agradecimentos: Bióloga Micheli Ribeiro Luiz
e José Carlos dos Santos Jr.

Projeto Felinos do Aguai.
http://www.felinosdoaguai.com/


Fotos: Biólogo Fábio Vieira

24.3.09

Araçá - Strawberry Guava: Not All Green Is Good

O Araçá Psidium cattleianum Sabine, é uma arvoreta da familía das Mirtáceas, com frutos de cor amarela, até vermelha, muito apreciados para consumo ao natural. Na Serra Quiriri, a espécie possui uma distribuição geográfica, denominada disjunta. Ao subir o Monte Crista, é possível observar alguns indivíduos em Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas, próximo a ponte de arame, onde inicia a trilha. Em praticamente toda a encosta, é uma planta rara, ou inexistente, tornando a ocorrer, próximo aos Campos de Altitude, a aproximadamente 850-900m anm.
O Araçá, foi introduzido no Hawai em 1825, e desde então, tornou-se amplamente espalhado, cobrindo, hoje, quase metade das ilhas (foto), além de: impedir o crescimento das espécies nativas do Hawai, descaracterizar áreas naturais, alterar as comunidades animais, perturbar processos de ecossistemas locais, como a produção de água e abrigar moscas que são pragas na agricultura Havaiana.
Para erradicar a espécie os pesquisadores estão utilizando, um inseto que produz "galhas", e que se constitui em excelente agente biológico no controle do Araçá, pois ataca unicamente essa espécie, não ocorrendo em qualquer outra. O Araçá, é um exemplo, de espécie nativa do Sudeste do Brasil, que tornou-se praga, quando introduzida em local inadequado, além dela, Clidemia hirta, das Melastomatáceas, também é daninha nas ilhas havaianas.

20.3.09

Pesquisadores e Montanhistas

Algumas vezes, pesquisadores e montanhistas são termos diferentes, que acabam sendo reconhecidos, como características ou qualidades, em uma única pessoa. Na foto pode-se observar o "rancho de pedra" usado pelos antigos tropeiros, no Alto Quiriri, e da esquerda para direita L. B. Smith, R. Reitz e o guia Sr. Altmann.
Raulino Reitz descobriu cinco gêneros e 327 espécies novas, foi premiado pela ONU, devido as qualidade das pesquisas botânicas e os serviços em prol do meio ambiente que realizou. Fundou, em junho de 1942, o Herbário Barbosa Rodrigues, ainda hoje sediado em Itajaí. Deve-se a Raulino Reitz a proposta de caracterização da orquídea Laelia purpurata como flor-símbolo do Estado.


Roberto Miguel Klein dedicou boa parte de sua vida ao levantamento fitoecológico da costa atlântica do sul do Brasil,
O meu maior desejo (....). É ver publicada toda a Flora catarinense. Em 1949 veio para Santa Catarina trabalhar com o Dr. Henrique Pimenta Veloso no levantamento fitoecológico da costa atlântica do sul do Brasil, tendo como objetivo estudar o relacionamento das bromélias ou gravatás com a proliferação de larvas dos mosquitos transmissores da malária. Cursou história natural na Universidade Católica do Paraná, de 1960 a 1964.

Lyman B. Smith especialista em todas as bromélias da América, indicou Raulino Reitz para a realização dos estudos sobre a Malária-endêmica no Sul do Brasil. Os pesquisadores citados, foram exemplos dessa união, que inúmeras vezes resultou no aumento do número de espécies conhecidas de plantas pela Ciência.
Reitz e Klein deixaram importante acervo em Herbário com mais de 70.000 amostras coletadas, e uma obra denominada Flora Ilustrada Catarinense, a FIC, que se constitui numa das melhores floras regionais do país, além do Herbário Barbosa Rodrigues, especialmente construído por Reitz para abrigar as coletas metódicas, realizadas no estado de Santa Catarina, durante décadas.
Na década de 1950, Reitz e Klein estiveram 6 vezes coletando na Serra Quiriri, tempo dos ultimos tropeiros....

15.3.09

Encontradas na Serra Quiriri


Begonia garuvae L.B. Sm. & R.C. Sm.

Esta bela planta foi colecionada no Monte Crista em Garuva, Santa Catarina, por Raulino Reitz e Roberto Miguel Klein, recebendo o nome em homenagem ao município que foi encontrada. É uma das espécies coletadas e descritas para a Serra Quiriri, que apresentam distribuição regional, sendo encontrada nas Floresta Baixas de topo de morro, ou Faxinais, bem como nas bordas próximo aos campos de altitude.















Matayba cristae Reitz
Cubatã do monte crista - Esta espécie da família do Miguel-pintado/Cubatã, foi descoberta no Monte Crista, Serra Quiriri em Garuva, Santa Catarina, daí a origem do nome científico e popular.



















Fim de tarde exclusivo na Serra Quiriri, pois observar um visual destes, é um privilégio que dinheiro nenhum pode pagar... (Foto: Julia Meirelles)



















(Os amigos de caminhadas, conversas e descobertas, desde 2004 caminhando entre as nuvens.... Werner, Cristine e Oscar)

10.3.09

Plantas Ameaçadas de Extinção no Estado de Santa Catarina

A "INSTRUÇÃO NORMATIVA No 6, DE 23 DE SETEMBRO DE 2008" trata das espécies ameaçadas de extinção no Brasil, nela encontram-se 33 espécies de plantas ameaçadas de extinção para o estado de Santa Catarina (ver lista abaixo). Outras dezenas são consideradas espécies de status incerto, ou seja, "espécies com deficiência de dados sobre distribuição geográfica, ameaças/impactos e usos, entre outras, não permitindo enquadra-las com
segurança na condição de ameaçadas." Entre as espécies com dados insuficientes, que são listadas para o estado catarinense, ao menos 3 ocorrem na serrra Quiriri, e o Ministério do Meio Ambiente tem demosntrado interesse especial quanto a preservação delas.




O Artigo abaixo é um recorte da Instrução!

Art. 6o Para as espécies com deficiência de dados constantes do Anexo II a esta Instrução Normativa deverão ser desenvolvidos estudos visando subsidiar o Ministério do Meio Ambiente na definição do real status de conservação de cada espécie. § 1o A coordenação dos estudos mencionados no caput deste artigo caberá ao Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro e ao Instituto Chico Mendes. § 2o As espécies constantes do Anexo II a esta Instrução Normativa são consideradas prioritárias para efeito de concessão de apoio financeiro à pesquisa pelo Governo Federal.

Espécies com deficiência de dados ocorrentes na Serra Quiriri:

Alstroemeria amabilis M.C.Assis (Alstroemeriaceae)

Trichocline catharinensis var. discolor Cabrera (Asteraceae )

Myrceugenia smithii Landrum (Myrtaceae)



Lista de plantas ameaçadas de extinção em Santa Catarina

Araucariaceae Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze
Arecaceae Butia eriospatha (Butiá) (Mart. ex Drude) Becc.
Arecaceae Euterpe edulis (Jussara, palmito) Mart.
Asteraceae Hysterionica pinnatisecta Matzenb & Sobral (SC )
Blechnaceae Blechnum mochaenum var. squamipes (Hieron.) de la Sota
Bromeliaceae Aechmea apocalyptica Reitz PR, SC, SP
Bromeliaceae Aechmea blumenavii Reitz SC
Bromeliaceae Aechmea kleinii Reitz SC
Bromeliaceae Aechmea pimenti-velosoi Reitz SC
Bromeliaceae Billbergia alfonsi-joannis Reitz
Bromeliaceae Dyckia cabrerae L.B.Smith et Reitz SC
Bromeliaceae Dyckia distachya Hassl. RS, SC
Bromeliaceae Dyckia ibiramensis Reitz SC
Bromeliaceae Vriesea biguassuensis Reitz SC
Bromeliaceae Vriesea brusquensis Reitz PR, SC
Bromeliaceae Vriesea muelleri Mez PR, SC Mata Atlântica
Bromeliaceae Vriesea pinottii Reitz PR, SC Mata Atlântica
Bromeliaceae Vriesea triangularis Reitz SC Mata Atlântica

Dicksoniaceae Dicksonia sellowiana (Xaxim) Hook. MG, RJ - RS
Erythroxylaceae Erythroxylum catharinense Amaral SC Mata Atlântica
Euphorbiaceae Dalechampia riparia L.B.Sm. & Downs SC Mata Atlântica
Fabaceae Aeschynomene fructipendula Abruzzi de Oliveira RS, SC
Fabaceae Mimosa catharinensis Burkart SC Mata Atlântica
Lauraceae Ocotea catharinensis (Canela-preta) Mez PA, RS, SC

Lauraceae Ocotea odorifera (Sassafraz) (Vellozo) Rohwer ES, MG, RS, MA
Lauraceae Ocotea porosa (Imbuia) (Nees) Barroso PR, RS, SC
Lejeuneaceae Myriocoleopsis fluviatilis (Steph.) E.Reiner & Gradst. PR, SC, SP
Malvaceae Calyptraemalva catharinensis Krapov. SC Mata Atlântica
Moraceae Dorstenia tenuis (Violeta-da-montanha) Bonpl. Ex Bureau PR, SC
Poaceae Thrasyopsis jurgensii (Hack.) Soderstr. Ex A.G.Burman PR, RS, SC
Rutaceae Raulinoa echinata R.S.Cowan SC Mata Atlântica
Solanaceae Petunia reitzii L.B.Sm. & Downs SC Mata Atlântica

Solanaceae Petunia saxicola L.B.Sm. & Downs SC Mata Atlântica

Existem 13 bromélias ameaçadas de extinção no estado catarinense, entre elas 7 só ocorrem em Santa Catarina...

4.3.09

Mutirão no Monte Crista

A todos os montanhistas, freqüentadores do Monte Crista, e pessoas com afinidade pelas questões ambientais, faz-se o convite para participarem dos primeiros mutirões ecológicos, que serão realizados nos dias 27 e 28 de março e 4 e 5 de abril de 2009.
O Monte Crista é uma montanha detentora de um rico patrimônio natural e histórico, pois além de possuir belezas ímpares do bioma mata atlântica, abriga em suas vertentes,
o caminho das Três Barras, antiga via de acesso que funcionou entre 1730 a 1850, como rota comercial, ligando São Francisco do Sul a Curitiba. Trata-se de um caminho colonial, pavimentado com blocos de rocha, que tem gerado lendas e histórias
O Monte Crista atrai uma visitação intensa, fazendo com que seja a montanha mais impactada da região nordeste de Santa Catarina. A inexistência de uma unidade de conservação e pouca orientação sobre os cuidados essenciais à conservação e conduta nos ambientes de montanha, colaboram ainda mais para danos significativos ao solo, à fauna e flora, aos recursos hídricos e ao patrimônio histórico.
Ações voluntárias como da Associação Joinvilense de Montanhismo – AJM, que vem realizando durante 5 anos trabalhos de sensibilização e cadastro dos visitantes nos feriados de páscoa e

recuperação nas trilhas, contribuem para a preservação do local, e minimização de impactos nestes frágeis ambientes, detentores de rara biodiversidade e berço de importantes mananciais que abastecem a população á jusante. Mas isso ainda é muito pouco e devem-se juntar esforços em prol do Monte Crista. Espero que os caminhantes que apreciam ir ao Monte Crista no feriado de Páscoa, contribuam

para a conservação da montanha, pratiquem o mínimo impacto nas trilhas e acampamentos, cuidando para deixar o ambiente como foi encontrado, ou seja um pedaço de paraíso. Os interessados escrevam para montecarvalho@ig.com.br ou poderão comparecer nas reuniões da AJM, localizada no Clube de Rádio Amadores de Joinville – CRAJE, situado em frente ao Parque zoo botânico de Joinville no pé do morro do Boa Vista, todas as quintas feiras a partir às 20h. Grato desde já e saudações montecristensis. Reginaldo Carvalho, Diretor Ambiental – AJM.

Endemismo nos Campos de Altitude

Alstroemeria amabilis M.C.Assis sp. nov.
Em 2003 foi descrita uma nova espécie de Alstroemeriácea, que até o momento parece endêmica dos Campos de Altitude na Serra do mar do Paraná, e da Serrra Quiriri no estado de Santa Catarina,
sendo aí o limite austral de sua distribuição.
Na Serra Quiriri, tem sido encontrada em altitudes superiores a 1400m snm. Mapa elaborado com programa DIVA-GIS, e informações geográficas disponíveis no CRIA.ORG

Veja o artigo completo em pdf http://www.scielo.br/pdf/abb/v17n2/a02v17n2.pdff/abb/v17n2/a02v17n2.pdf

25.2.09

Cachoeira do rio Três Barras

No alto da serra do Mar, em especial na Serra Quiriri, entre o Monte Crista e o Morro dos Alemães, no município de Garuva, percorre o rio Três Barras. Ao longo de seu leito sinuoso, pode-se apreciar diversas cachoeiras de águas cristalinas. Além da beleza paisagística é possível banhar-se em locais paradisíacos.
É comum encontrar ao longo das trilhas dos campos de altitude a Ambrósia (Trichocline catharinensis Cabrera var. discolor), planta que originou o nome de uma localidade próxima do munícipio de Campo Alegre, devido a semelhança desta espécie nativa, com a planta conhecida pelos
portugueses também como Ambrósia.

Acampamento no Monte crista em 2006, no canto inferior esquerdo pode-se perceber o Lobão de mochila marrom, e logo atrás seu filho. A frente o Júnior e o Juva admiram a vista para o Vale do rio do Cristo. Na sequência vem o primo do Júnior, Diogo e mais a frente o grande Marco Barriga.
Fotos: Biólogo Fábio C. S. Vieira

24.2.09

Cachoeria Véu da Noiva

A cachoeira Véu da Noiva, também na serra Quiriri, localiza-se próxima à escadaria da trilha do Monte Crista. A região é coberta por Floresta Ombrófila Densa Submontana (-400m anm), com características de mata em estágio primário, e secundário tardio, sendo comum encontrar Bucuvas (Virola bicuhyba (Schott ex Spreng.) Warb. ) com mais de 25m.

Na altura da Clareira, deve-se descer uma trilha íngrime, à direita, próximo de um Pau-alazão (Eugenia multicostata Legrand), caminhar algumas dezenas de metros e apreciar esta bela escultura da natureza. Entre os animais avistados e conhecidos estão o Macuco, a Irara, o Caxinguelê, Tucano de bico verde, Inanbú, Uru, Jacu, além de diversas aves de pequeno porte, e avistamento de pegadas.

23.2.09

Cachoeira do rio Quiriri

Uma das mais belas cachoeiras do extremo Nordeste do estado de Santa Catarina, a cachoeira do rio Quiriri é de difícil acesso, e localiza-se numa divisa entre propriedades particulares, no Bairro Quiriri, município de Garuva, também na serra Quiriri. A parte encachoeirada do rio, situa-se entre cotas altimétricas aproximadas de 400-900m anm. A imagem foi fotografada no Bairro Quiriri, próximo ao rio Figueira.

22.2.09

Cachoeira do rio do Cristo

A cachoeira do rio do Cristo, situa-se na base do Monte Crista, na serra Quiriri. É local de acesso relativamente fácil, após a ponte pênsil, deve-se caminhar na trilha do Crista, e ao invés de cruzar o rio do Cristo, deve-se subí-lo cerca de 1 km, levando-se aproximadamente meia hora. O local possui características de Floresta Ombrófila Densa Submontana em estágio primário.

Vale apena ressaltar, que, é comum a ocorrência de Cabeças d'água na região, portanto ao planejar subir os rios de qualquer localidade, deve-se ficar atento as chuvas de verão, e abandonar o leito do rio em casos de elevada pluviosidade.